Durante a programação da 29º Justiça pela Paz em Casa, a Coordenadoria de Violência Doméstica do Tribunal de Justiça de Roraima (Cevid/TJRR), em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, certificou, na sexta-feira (14), os alunos do 5º ano da Escola Municipal Maria Gonçalves Vieira que participaram do Projeto Maria Vai à Escola.
A certificação contou com a presença da Conselheira do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Renata Gil. A conselheira destacou sua satisfação com os resultados do projeto em Roraima.
“Esse efeito é multiplicador, e percebi nessa conversa inicial com as crianças que elas aprenderam tudo sobre a Lei Maria da Penha, conhecem a história. O treinamento foi muito eficaz, e elas ainda saíram com o conhecimento sobre a campanha Sinal Vermelho, que é um meio silencioso de denúncia e facilita a superação da vergonha e do desconhecimento das violências. Roraima está de parabéns pelo trabalho nas escolas.”
A juíza titular da Coordenadoria de Violência Doméstica e Familiar do TJRR, Suelen Alves, ressaltou a importância e os objetivos do projeto ao longo dos anos.
“Esse projeto já está sendo desenvolvido pelo nosso Tribunal há 10 anos e tem o objetivo de levar informação às crianças do 5º ano do ensino fundamental sobre os direitos das mulheres, a valorização dos direitos humanos e a prevenção de todas as formas de violência. É um projeto muito produtivo, que desde a infância transmite essas noções fundamentais.”
Com apenas 10 anos de idade, Jhulya Ângela Braga Pinto, participante do projeto, expressou seu aprendizado e desejo de um mundo melhor.
“Eu aprendi muito, mas o que mais me interessou foi a história de Maria da Penha. Se a gente não tivesse estudado esse tema, não saberíamos ajudar, mas agora eu aprendi. O que eu posso dizer é que o mundo seja mais bom e saiba de mais coisas, como a gente aprendeu hoje.”
Representando a Coordenação da Escola Maria Gonçalves Vieira, Josedelson Araújo enfatizou a importância do projeto na educação.
“Além de abordar a questão da violência doméstica, o projeto também reflete dentro da escola na forma como as crianças passam a se respeitar mais e a valorizar umas às outras. Então, vemos que é um projeto de grande valia para a educação e para a formação humana.”
MARIA VAI À ESCOLA
Criado em 2015, o projeto tem o objetivo de inserir no currículo escolar reflexões sobre temas que ajudam a prevenir a violência e promover a igualdade. As atividades incentivam a participação dos estudantes por meio de redações e cartazes, onde expressam suas opiniões e compreensões sobre os temas abordados.
Com aprendizado e reflexão, o projeto é desenvolvido ao longo de 5 aulas, estruturadas para estimular o debate sobre questões como:
– O estudante e seu contexto familiar;
– Novos arranjos familiares;
– Os novos papéis de homens e mulheres na sociedade;
– Igualdade e direitos humanos;
– Violência doméstica e Lei Maria da Penha;
A proposta busca desconstruir a cultura da violência, ensinando alternativas pacíficas para a resolução de conflitos e incentivando o respeito e a equidade desde cedo, promovendo a cultura da paz.
Texto: Emily Soares – Jornalista / Maurício Fernandes – Estagiário de Jornalismo
Imagem: Nucri
Março/2025 – NUCRI/TJRR